Marcelo Yuka é músico, foi baterista do grupo O Rappa, ficou paraplégico há nove anos, quando foi baleado em um assalto. Há dois anos está no lado de Orlando Zaccone, um amigo policial. Com ele criou a ONG que leva cultura e educação aos presos de uma delegacia no Rio de Janeiro. Os presos tem em média 20 anos e diferente de outros presídios, eles não tem direito a banho de sol e nem a jogo de futebol. ONG Brigada Organizada de Cultura Ativista (ONG BOCA). A delegacia fica em Nova Iguaçu, todas as despesas foram diretamente gastas por eles mesmos.
Já de ínicio conseguiram montar sala de aula, uma biblioteca e um espaço para projeção de filme. São cerca de 400 detentos. Trabalhos de alfabetização é feito por profesores voluntários.
"Lá fizemos uma unidade que é quase padrão para o Brasil. Temos uma escala de ensino fundamental e agora conseguimos reforçar uma sala de computação com equipamentos que vão ser doados por uma ONG, a CDI (Comitê para Democratização da Informática). Tinha também aula de cinema, mas está parada por falta de instrutores", declarou o músico, que visita o local a cada 15 dias para ministrar palestras.
As celas foram ajustadas para facilitar a entrada e saída da cadeira de rodas do Yuka, pois assim não precisa de ajuda como no ínicio. " E eles me pergntam: 'Como você vem fazer um trabalho aqui?' Digo que é porque eu não quero participar desse grande vulto que persegue a sociedade: vingar em vez de fazer justiça. Quantas pessoas, quando eu estava no hospital, me disseram que iriam matar quem tinha feito aquilo comigo? Várias. Mas eu não quero isso nas minhas costas." Conto Yuka. Cujo ele, o sonho atual é levar aulas de ioga para os presos, mas não tem voluntárioas, que queiram fazer isso de graça.
Depois que criaram a ONG, não houve mais tentativa de fuga na delegacia. Marcelo Yuka deixou o rancor de lado e disse: "Não acredito que balas se combatam com balas." Se todos agissem assim o mundo poderia estar melhor.
Quer ajudar?
BOCA - BRIGADA ORGANIZADA DE CULTURA ATIVISTA
O contado para trabalho voluntárioa e doação de livros é feito pelo controle de presos da policia civil.
Telefones: (0xx21) 2253-4759/2334-5825


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